Hoje decidi tirar um tempo na minha tarde - incrivelmente atarefada dentro de casa - para observar a chuva que caía na varanda. Fui atraída pelo frescor da brisa que há tantos não dava o ar da graça por aqui. Levada pelo vento suave me peguei a admirar a paisagem na janela.
Não era lá essas coisas.
Um jardim com suas gramas verdes e abundantes por conta do período chuvoso, alguns matos crescendo em volta, os tijolos terracota molhados, as gotas encharcando o piso, o portão tentando esconder, sem conseguir, a vida lá fora. Por meio das grades, vi poucos carros passando e um barulho apenas ao fundo, bem distante.
Ah! A vida no interior. Como é diferente.Como o relógio passa mais devagar por aqui. O tempo para... para ver a chuva passar.
A chuva do verão que parecia tão distante e agora já tão presente graças as luzes de Natal. Elas iluminam a principal avenida, assim como a árvore que finalmente conseguimos montar em nossa sala.
Neste ano, também tivemos nosso primeiro cachorro, ou melhor, cachorra... Ainda cachorrinha, cujas lembranças se fazem presentes nos buracos da grama linda, verde e abundante, mas terrivelmente falha.
Ela dormia serenamente na varanda até eu sair para registrar a chuva. Com seus olhares curiosos, ela somente levantou a cabeça para tentar descobrir o que eu fazia sentada praticamente à sua altura. Sem sucesso, voltou a dormir assim que retornei à casa.
As gotas continuaram caindo, serenamente e preguiçosas, assim como a cachorrinha que também parece curtir essa chuva do interior.
Uma chuva tranquila em casa, uma cachorrinha, uma árvore de Natal, um cappuccino cremoso... É... 2023 foi generoso.
Que assim seja.
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