August Rush - Saudosismo na tela


Em 2018, revi muitos filmes da adolescência. Talvez por um pouco de ociosidade, talvez por saudosismo.

Não menosprezando as demais fases, mas sinto falta da minha adolescência, e não só porque tinha menos preocupações. Me lembro de noites afora assistindo filmes com amigos queridos. Às vezes, nem toda a noite assim, já que eu nunca fui uma pessoa muito noturna e sempre capotava primeiro que todo mundo.

Era o auge dos filmes românticos. Um amor pra recordar, antes que termine o dia. Às vezes, eram filmes de terror como olhos famintos, outras vezes, O amigo oculto e Efeito Borboleta.

Todos tinham de 15 a 25 anos, estudavam, trabalhavam ou faziam as duas coisas, planejavam a vida, sonhavam com o futuro. Conversávamos, líamos, orávamos. Um cuidava do outro. Um amor tão puro, tão verdadeiro, que me preocupo com essa geração de hoje que sempre vê malícia em tudo. 

Hoje vendo fotos de todos os meus amigos, alguns casados, alguns com filhos, alguns viajando, fico tão feliz. Cris, Géll, Danti, Tarik, Digo, Gê, Manu, Fabi, Selma, Fabinho, Kdo. Estão realizados, com lindas famílias, os papais criando os meninos e meninas com os mesmos preceitos que sempre tiveram.

A adolescência passou, as madrugadas de filmes e, assim como as outras fases, o que resta são as boas lembranças que nos fazem rever o mesmo filme mil vezes.

Mas hoje, a memória se materializou e rodou na tela com August Rush - O som do coração.

” — O que você quer ser quando crescer?
— Encontrado!” (2007)

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