Mais um ano está chegando ao fim e, com ele, as promoções, parcelamentos a perder de vista e a
Black Friday, que ocorre nesta sexta-feira, 24. O comércio espera um aumento nas vendas e, quem sabe, superar quaisquer crises que tenham enfrentado nesses últimos meses. Com tantas liquidações é importante que façamos a pergunta: Eu quero ou eu preciso?
Seja o vestido pra festa, um par de sapatos, aquela paleta de maquiagem, duas bolsas pelo preço de uma, a calça jeans da moda, o relógio com 50% de desconto, uma geladeira, um micro-ondas, um celular de última geração. Tudo é jogado aos nossos olhos pela tela do computador, em letras garrafais e cores chamativas. Tem que ter muito pé no chão para não ser atraído por tantas facilidades.
A consciência se aquele item é realmente necessário ou se não é tão urgente assim pode ser adquirida por meio da pergunta, de um período de reflexão, quem sabe até de abstinência de sites de compras. Quem consegue notar essa diferença entre a necessidade e a satisfação, seja pela simples compra de um objeto, pode se livrar de muito mais coisa.
Por exemplo, um relacionamento que esteja te fazendo mal. Seja uma amizade que não da o valor que você merece ou um amor mal correspondido. Pessoas passam anos em relacionamentos abusivos, por diversos fatores, seja dependência financeira, por medo, ou carência emocional. Mas afinal, você quer ou você precisa?
Você realmente precisa correr atrás de alguém para ser feliz ou está querendo encontrar naquela pessoa, uma felicidade que ela não pode dar? Se fizermos essa pergunta nas diversas áreas da vida, muita dor pode ser amenizada, muita decepção pode ser evitada, mas a consciência tem que ser nossa, de reconhecer se está vivendo algo necessário ou supérfluo.
Se a análise estiver difícil, experimente um período de abstinência para que de longe, você possa observar o que de fato está acontecendo. Mas, lembre-se, no caso envolvendo seres humanos, não funciona simplesmente encher o carrinho e desistir da compra. Se não for comprar, nem alimente as esperanças, não defraude. Por mais que uma loja não fique muito feliz com a sua desistência, nem se compara quando o produto são sonhos e sentimentos. Vida que segue!
Texto de novembro, 2017.
Muito bom ;)
ResponderExcluir