Saindo de Cuiabá, São Paulo é um dos destinos mais baratos pra passagem aérea. Por isso, nosso roteiro teve SP como carro chefe: Angra dos Reis, Paraty e Ilhabela!
Dias antes de partirmos pro litoral, pulamos de paraquedas em Boituva, interior paulista. Meus pais que haviam visitado SP somente na década de 70, acharam engraçado o frenesi do metrô. Pessoas de todas as idades com pressa, andando pra todos os lados, querendo chegar aos seus destinos, o mais rápido possível, bem diferente das férias anterior, que o baianos nos pediam "calma".
Pelo Airbnb ficamos hospedados em um apartamento em Pinheiros, ótima localização, próximo a restaurantes, padarias, ao metrô Fradique Coutinho e principalmente a casa da Thais, nossa amiga que adotou SP há alguns anos. Essa foi a primeira vez da Thauanny (minha parceira de paraquedas) na Terra da Garoa, por isso, conhecemos o principal: Avenida Paulista, 25 de março, Liberdade, Ibirapuera, José Paulino e etc.
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Casal fofo, divertido e parceiro |
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Thaís, Thauanny e a representação da Fran. |
Enquanto ela voltava para Cuiabá (alguém tem que trabalhar nesse país), eu e meus pais partimos rumo ao litoral direto para Paraty. Cidade histórica, casarões antigos, a cara do turismo. No meio da cidade tem um divisor entre a parte turística e o lado dos moradores. Na verdade, é a corrente que limita o tráfego no centro histórico a pedestres, impedindo que os veículos interfiram na caminhada dos turistas.
A parte boa é que a pousada em que ficamos, era no limite entre as duas Paratys, ou seja, perto tanto das atrações turísticas quanto dos restaurantes mais em conta para os moradores. A ruim é que ao fazer a reserva não me atentei que daquele sobrado, somente a parte de cima era o hotel. Subir uma escada íngreme e com malas não foi legal, e foi pior ainda para os meus pais, que apesar de super animados, têm mais de 60.
Definitivamente, Paraty não é uma cidade para idosos. Fora a escada, os calçadões são muito irregulares e algumas pedras escorregadias, não dá pra arriscar. Eles nunca tinham ouvido falar e acho que não vão querer voltar. Gostaria que a minha próxima experiência na cidade fosse durante a Festa Literária, que sempre ocorre em julho, meu sonho de consumo, desde antes da faculdade de Letras.
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Nós e os calçados difíceis de Paraty |
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O paralelepípedo é complicado, mas o lugar é lindo. |
Enfim, o objetivo da minha mãe estava a uma hora e meia dali: Angra dos Reis. A princípio não gostamos muito da cidade, os morros repletos de casas não foram uma das melhores recepções, mas nosso foco ali era o mar. R$ 70 por pessoa e lá estávamos dentro de uma escuna. Tripulação animada e um grupo de uruguaios mais ainda. A embarcação era grande e ajudou a diminuir o medo que a minha mãe tem ao ver muita água.
Ao todo foram quatro paradas, duas delas em alto mar somente nos apoiando nos macarrões (aquelas boias que pensamos que não vão dar conta, mas que felizmente quebram galho), um almoço, alguns espetinhos, duas cocadas, muitas fotos e a fascinação pelas águas transparentes, mas super geladas.
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Minutos depois fizemos uma parada em alto mar |
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Nem um pouco preocupados com a vida. |
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Uma das inúmeras ilhas. |
Já preparando para o retorno, paramos em
Ilhabela (SP). Na verdade, paramos em São Sebastião e de lá pegamos uma balsa que em 15 minutos nos deixou na ilha. É um lugar incrível, uma ilha com muita estrutura de turismo. Uma orla fantástica e como deve ser em toda ilha, morro, muitoooos morros. O nosso hotel era no topo de um deles e felizmente só subimos de carro.
Em compensação pela subida e consequentemente, a impossibilidade de irmos a pé até a praia, a vista da nossa sacada era maravilhosa. Coqueiros, mar, São Sebastião lá do outro lado, barcos passando, o sol se pondo. Que visão do paraíso! Ficaríamos somente no hotel, sem problema algum, mas como bons turistas temos que passear e lá fomos.
Paguei uma flutuação com snorkel na Ilha das Cabras e vi meus R$ 20 indo embora. Que furada! Não tinha peixe, não tinha visibilidade, não tinha nada. Os peixes que eu não vi lá, descobri mais tarde que estavam na praia do Curral, e de graça, sem precisar nem mergulhar. Essa e mais umas três praias ficam ao sul da Ilha eram as melhores, na nossa opinião.
As praias do norte tem a água e a areia mais escuras, são mais isoladas, têm colônias de pescadores e um cheiro não muito agradável. Mas Ilhabela não vive só de praia, visitamos três cachoeiras em que também é possível avistar o mar, em uma delas eu "resolvi" sentar com tudo na pedra pra apreciar mais a vista. Devo ter ficado "curtindo a paisagem" uns cinco minutos, enquanto a dor passava.
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Meus pais parecem com medo, mas quem levou o tombo fui eu. |
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Ilha das Cabras e a ilusão do snorkel |
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A vista do nosso hotel |
Somando ao saldo de Ilhabela, alguns borrachudos que me deixaram com vários vergões, por isso, não abra mão do repelente. Apesar de todos os intempéries, o sul do Rio de Janeiro e o norte de São Paulo valem a pena. Um dia voltaremos para contar novas experiências.
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