Hey Que Preso!

Boa tarde people! Há um tempo escrevi um texto sobre um dos maiores empresários do país, o Eike Batista, inspirada na minha mais recente leitura do Sidney Sheldon. Achei o magnata parecido com Kate McGregor, a protagonista do romance inglês e resolvi divagar um pouco.

Não lembro por qual motivo, mas esse texto não foi divulgado. Anos depois desse ensaio de publicação honrosa a um poderoso chefão, vi fotos do empresário sendo preso, li noticiários de que dividiria uma cela com outros presos na Operação Lava Jato (longe de todo o glamour que teria tido até então) e resolvi escrever novamente.

E não mudei minha opinião... Realmente, ele se parece muito com a personagem de Sheldon. Kate, poderosa, rica, é desprezada e passa a perna em todos a sua volta. O cenário é a sociedade inglesa de 1700 e o figurino um pouco destoante de hoje, bem como os termos para esse tipo de falcatrua, que na obra não era citada como corrupção.

O envolvimento de tanto peixe grande em escândalos dessa natureza nos balança um pouco quanto a capacidade de enriquecer de forma lícita. Se tivéssemos presídios o suficiente e delatores à vontade, restariam reles mortais fora das grades e escassos mandachuvas, porque apesar de todas as desconfianças devem existir gatos pingados que constroem sua fortuna do jeito certo.

Em meio a tanta lambança, aproveitamos cada pequeno espaço para publicar nossa opinião seja sobre os ricos presos, seja sobre os ricos soltos que querem pisar em cima dos mais pobres. Enquanto isso quem tem um público maior e a possibilidade de produzir mais estrago, não possui raciocínio rápido o suficiente.

Em janeiro, a Miss Colômbia, Andrea Tovar, perdeu a oportunidade de criticar esse sistema semi falido chamado política. Ao ser questionada sobre sua opinião a respeito da postura de Donald Trump, em relação aos imigrantes, ela se enrolou tanto que faltou concluir com o clichê “Sueño com la paz mundial”.

Perdeu a chance de representar os latinos, uns dos principais imigrantes do Tio Sam, e dar um recado a um presidente autoritário em rede mundial; a oportunidade de ser citada pelo próprio Trump no twitter e possivelmente se tornar #trendingtopic; e de ganhar a coroa de Miss Universo, para quem acredita que as perguntas mudam o resultado.

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