Curtindo 'bons ares' na Argentina - parte 2

O ano virou, mas a história continua. Confira a continuação das aventuras do Clóvis na terra dos hermanos... Quais serão as de 2017?




Dia 21 de julho: iniciei o meu tour pelo Jardim Japonês, que foi criado pela comunidade japonesa de Buenos Aires. O jardim está localizado no bairro de Palermo que também possui muitos outros parques, tão bonitos quanto o Japonês. Por 70 pesos acho que deveria ser maior ou ter mais atrações. Para quem gosta de ter contato com a natureza e com outras culturas, tá valendo.



 Jardim Japonês



Na sequência, tentei conhecer o Planetário Galileo Galilei, mas a fila estava enorme. Desisti e fui conhecer o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires). A atração principal do museu era a exposição “Dream Come True”, da Yoko Ono, que conta com vários objetos, vídeos, áudios e instalações produzidos desde os anos sessenta.


Sem dúvida foi uma das visitas à museus que eu mais gostei. Pra mim, o melhor foram as frases criativas e inspiradoras de Yoko que estavam espalhadas pelas paredes do museu. Paguei 100 pesos e não sei ao certo quanto tempo fiquei por lá, mas ficaria mais tempo se não fosse o corpo pedindo para almoçar!



  Malba


No dia seguinte, conhecemos o bairro La Boca que tem como principais atrações o Caminito e La Bombonera (estádio do Club Atlético Boca Juniors). Lá fomos nós: dois brasileiros e uma peruana.

O Caminito é um daqueles locais para se visitar uma única vez. Há casais vestidos de dançarinos de tango e até um “sósia” do Maradona, fazendo uma abordagem chata para tirar foto com eles. Não dê papo para esse pessoal, pois eles só querem o seu dinheiro. Se você tirar uma foto com eles, terá que pagar! O bairro La Boca tem a fama de ser perigoso e não é aconselhável andar pelas ruas mais afastadas e desertas. Cuide bem dos seus pertences!

Não cansamos de “bater perna” e fomos conhecer o Barrio Chino, no final da tarde. É tipo um Saara (RJ) e 25 de Março (SP), mas não tem uma quantidade muito grande de lojas. As lojas em miniatura tem bastante bugigangas, objetos de decoração, produtos alimentícios típicos (sementes, chás, etc) e restaurantes.



                                              
                                                                     Caminito



Sábado pela manhã é dia de conhecer Buenos Aires sob uma ótica fora dos tradicionais pontos turísticos da cidade. O Tour Lado B – realizado pelo Aires Buenos Blog – é fantástico para conhecer um pouco mais da capital portenha. Em português, o guia apresenta informações interessantes sobre a cidade e os locais visitados. No fim, ainda disfrutamos de um café e cookie sensacionais, no LAB Cafe. Um fotógrafo profissional acompanha os participantes durante todo o tour e, alguns dias depois, você recebe as fotos sem custo adicional por isso.



                                  
 Tour Lado B: equipe fantástica e divertida. Recomendo!



À noite, o esquenta foi no Milhouse Hostel Hipo, mas o boliche (palavra usada para designar casas noturnas, as famosas “baladas”, em português) foi na boate Crobar. A espera na fila durante alguns minutos num friozinho de 7º graus valeu a pena. A casa tem um espaço moderno, um público bem selecionado e música boa, mesmo para quem estranha as músicas latinas. A única música brasileira que eu ouvi tocar foi “Uma Bomba” (versão da banda Braga Boys para a música La Bomba) e os argentinos estavam coreografadíssimos na nossa versão. Detalhe: alguns trens passam por cima da boate e ela chega a tremer nesses momentos. Uma dica é procurar algum promoter e colocar o seu nome na lista. Quando eu fui, até às 02h a entrada é free (com o nome na lista). Mas, se você não conseguir as entradas costumam ser muito baratas, se comparadas com as do Brasil.

Dia 24 de julho (domingo) pela manhã foi o dia de conhecer a famosa Feira de San Telmo. Local ideal para comprar as lembrancinhas para a família e amigos.

São centenas de barraquinhas espalhadas e ao longo da Calle Defensa, vendendo brinquedos, roupas, placas, garrafas, discos de vinil, artigos de decoração e muitos outros objetos. A feira acontece apenas aos domingos, mas quem visitar as ruas de San Telmo em outros dias da semana pode conhecer os antiquários do bairro. Na esquina com a Calle Chile está sentada a boneca Mafalda, uma personagem de desenho muito popular na Argentina, que começou como tirinhas de jornal e depois teve vários livros publicados.

Segui caminhando até o final da feira de San Telmo e continuei meu passeio de domingo no Caminito para comprar algumas lembranças e (muitos) alfajores!



                             


                                 




Depois de caminhar a tarde toda por Puerto Madero, arrumei as malas e me preparei para partir de volta pra casa.

Dia 25 de julho, antes mesmo do sol raiar, fiz check out no Milhouse Hostel Avenue e cheguei cedinho ao Aeroporto. Fui de táxi até o terminal Tienda León para ir de ônibus executivo ao Aeroporto. Adiós Buenos Aires.

Saldo da viagem: Primeira vez viajando sozinho ao exterior e sobrevivi. Essa história de que argentino não gosta de brasileiro é bobagem! Uma dica: fale em espanhol. Eles entendem perfeitamente nosso português, mas faça um esforço e tente falar em espanhol. Eles gostam e sempre serão muito simpáticos e atenciosos.

Não perca: Parques em Palermo e Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires)

Deixa pra lá: Bairro Chinês

Gastos da trip

- Passagens aéreas Rio de Janeiro (GIG) - Buenos Aires (EZE): R$ 955,71

- Milhouse Hostel Avenue (oito diárias com café da manhã): US$ 102,46 (em torno de R$ 338 reais, na época).

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