O amado aquecedor do carro *.* |
Não precisei abrir os olhos pra
sentir que Cuiabá estava diferente. Aquele vento gelado entrava por todas as
frestas que encontrava e se chocava com meu corpo tão desacostumado a ser
acordado assim.
Havia chegado o nosso período de
inverno anual e quão longos dias são essas 72 horas ausentes do calor. São os 3 dias do ano que tomamos cappuccino, escaldado e café com leite quente. Mas fora isso, a vontade de fazer qualquer outra coisa se esvai, assim como o sonho de conhecer
lugares frios, ao redor do mundo. Para que alguém precisa deitar em uma camada
repleta de neve? Pra que pagar caro numa viagem e ser recebido com um vento gelado na fresta do rosto ausente de proteção?
Para muitos é apenas um frescor,
mas pra mim esses 15º C são decisivos para me fazer ver o mundo de outra forma.
Afinal, cadê a vida da cidade? O sol, as cores, os sorrisos, os amores, de quem
é banhado diariamente com raios de luz? Definitivamente, não nasci pra uma vida
cinzenta, que deve ser encarada com panos e mais panos, que por mais numerosos
que sejam, não afagam nossa alma.
Frio passe logo, pois, não é bem
vindo aqui. Sol, volte pra nossa casa e nos brinde mais uma vez com a sua
alegria (Claro, que não precisa ser transbordante como em agosto).
Um desejo do Olaf e de todos nós, desolados cuiabanos reprovados no
teste do inverno.
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