Conheci Brasília, a última
capital no Centro-Oeste que nunca havia ido, e ela me foi muito familiar. As
ruas limpas e amplas, calçadas com gramados, árvores plantadas com distâncias semelhantes
entre si, passarelas enormes, viadutos, trincheiras, BRT, eixo de prédios do
poder judiciário, legislativo e executivo próximos uns dos outros, a casa da
Presidente mais distante, guardas de prontidão preparados para qualquer
imprevisto, iluminação nos pontos turísticos mais visitados em comemoração ao
Maio Amarelo.
Selfie com um dos apóstolos |
A cidade não possui centro
comercial, o que é óbvio! Evitaria o trânsito em diversas outras cidades (como
na minha), principalmente em períodos de natal e datas comemorativas. Em
compensação, shoppings, por todos os lados e pra todos os bolsos. Os menos
abastados se contentam com a Feira de Importados, nome exótico para um
aglomerado de camelôs, que apesar da definição, possui uma infraestrutura
fantástica, com quatro blocos, separados por amplas calçadas, e um Giraffas
para trazer a sensação de shopping.
Espero que o BRT e demais
transportes públicos realmente funcionem, porque da Asa Norte até a Feira é
longe. Inclusive, uma das minhas colegas de trabalho se atrasou para uma
reunião, na última vez que foi à Brasília, primeiro por ter se perdido na
Feira, segundo pela distância até a Empresa. Essa foi a minha experiência mais longínqua,
mas Brasília é uma coisa de louco, pra quem mora tanto na Capital como nas
cidades satélites.
Como ficamos hospedados na Asa
Norte e somente pegamos táxi para ida/volta ao Aeroporto não sentimos tanto - esse
que dizem ser um dos piores problemas da cidade: a distância, que fica somente
nas características físicas da cidade, porque você se aproxima com pessoas de
todo o canto do país. “A terra dos funcionários públicos”, assim que foi me
apresentada e acho que muito devido a isso, os preços são absurdamente altos.
Passamos por um restaurante a R$80, o buffet (não, obrigada!) e mesmo naquela
Feira de Importados que eles se recusam a chamar de camelôs, achamos uma boutique
com vestidos a R$ 2,5 mil (Thanks!). Pudera né.
A diversidade de Brasília pode
ser figurada pelo restaurante Garota Carioca,
que toca música Nordestina, tendo
como público (na nossa mesa) cuiabanos,
amapaenses, rondonianos, maranhenses, etc. Uma coisa de doido. Enfim, aproveitamos
a viagem empresarial para visitar (nas horas vagas, é claro), a Catedral, a
Esplanada dos Ministérios, a Praça dos Três Poderes, e passar em frente a outros
tantos prédios conhecidos.
Galera confraternizando no Garota Carioca |
Tirando os pontos negativos,
sobra a temperatura que mesmo 19ºC às 08h da manhã, não chegou a ser um frio
insuportável e olha que eu sou cuiabaníssima, que defende a temperatura de 26ºC
no ar condicionado. E como consequência do clima, as pessoas andam muito
elegantes, com saltos e meias calças, e cachecóis, lenços, que eu olhava e
falava “não tenho, porque na minha cidade é impossível se vestir assim,
#nemsofro, #consciêncianempesa”.
E com isso, conheci todas as
capitais no Centro-Oeste. Mas pretendo voltar à Brasília, curtir mais esse
clima e essa metodicidade. Apesar de não se parecer nem um pouco com minha
terra natal, Brasília me lembrou de algumas pessoas sistemáticas (que eu gosto
muito) que tendem a ter tudo em seu devido lugar, enquanto Cuiabá se parece com
meu quarto, aparentemente bagunçado, mas onde eu me acho.
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