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Vão do Masp |
E aos poucos vamos riscando da Lista de Realizações, os
lugares que sempre quisemos visitar. Nesse feriado conheci São Paulo. A
primeira impressão foi boa por causa do trânsito tranquilo de um feriado
prolongado e (claro) pela boa localização do hotel, ao lado de uma estação de
metrô e próximo à Avenida Paulista. Podíamos andar a qualquer hora do dia que
não nos sentimos intimidados por sensação de insegurança. Mas essa é a “São
Paulo bonita”.
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Jantar no Fifties (Shopping Pátio Paulista). Hamburguer muito bom, mas prefiro o Habañero (em Cuiabá) |
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Vista do Hotel às 7h da manhã |
Mas quando visitamos o Brás e a (Rua) 25 de Março, a realidade
é muito diferente. Muitas pessoas e muitas sacolas, correrias por causa do
metrô, trem ou ônibus, e ruas lotadas, sujas e repletas de ambulantes que ficam
com um olho no cliente e outro sondando uma possível aproximação dos fiscais.
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Depois de andar tanto no Brás, finalmente uma loja com sofá |
Enquanto isso, celulares por baixo da calça, dinheiro e
cartões escondidos em bolsos sempre frontais, uma multidão de rostos e uma
poluição sonora com gritos de promoções ao pé do ouvido, a todo instante. E
quando pensávamos que em um domingo de Páscoa, as ruas estariam vazias e cada
família curtiria o feriado em casa, lojas abertas para aqueles clientes que
saíram de casa em busca de algo, e uma franquia subway com atendimento péssimo
e aparência de abandonada. E naquele duelo entre o asseado e a fome, a última
ganhou.
Comemos. E partimos rumo ao Shopping da 25, que é um reduto
de asiáticos. Na verdade, toda São Paulo. Nunca vi tantos japoneses, coreanos,
chineses, e descendências juntos. E vendiam tudo, camisetas, carteiras, óculos,
“pendlaives”, etc. São tantos que tem
um bairro específico pra cultura japonesa. Muito bonito, por sinal. Apreciamos
tanto a culinária tradicional, que comemos um MC Donalds, rsrs.
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Semáforo para Pedestres no Bairro da Liberdade |
Retornando à área “bonita”, fomos para a Avenida Paulista em
busca de lembranças turísticas da cidade, e fomos recebidos com imãs de 3 cm a
R$ 10. “Não, obrigada”. Após três dias perambulando entre parte bonita e feia,
os pés e pernas pediam arrego, mas como ir embora sem conhecer o parque mais famoso?
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E finalmente o Ibirapuera |
“É perto, apenas siga a Rua Abílio Soares”. A rua mais longa
que já andei, afinal tudo piora quando se está cansado. Caminhada de 20 minutos
e chegamos ao Ibirapuera. Esplêndido! Valeu a pena todo o esforço para ver um
Parque Mãe Bonifácia em uma escala muito maior e com muito mais gente e feira
de artesanato, onde finalmente encontrei lembranças da cidade, feitas com LPs.
Adentrando mais ao Parque: Museu de Arte Moderna de São
Paulo. Exposições e intervenções artísticas muito criativas. Imaginei como o
pai do Sesc Arsenal. E o melhor de tudo, entrada gratuita. A cidade é muito boa
nesse sentido. Têm teatros, exposições, dança, shows, parques, passeios, enfim,
programação cultural, e o melhor ainda, em um feriado. Parece óbvio, mas Cuiabá
é muito falho nesse quesito.
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Fazendo uma intervenção artística no MAM |
Saindo do Museu, fomos reparar as pessoas. Tatuados, cabelos
raspados de um lado, uma turma andando de skate, alguns solitários de patins,
jovens sentados fumando narguille, casais homossexuais andando de mãos dadas,
famílias mais afastadas e sentadas na grama. O paulistano não tem identidade.
Todas as pessoas que pedimos informações também eram turistas, e nos demos conta que não
tem como reconhecer um morador. Pode ser um negro, um branco, vestir Lacoste ou
Renner. Pode ser qualquer pessoa. E pela tamanha diversidade, você pode sair
com a roupa mais escrota da face da Terra, pode puxar uma mala coberta de fita
crepe numa rua lotada, pode tocar piano numa estação de metrô, que ninguém vai
dar atenção.
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"Garota de Ipanema" sendo tocada na Estação Paraíso |
Na balança dos prós e contras, a experiência de conhecer uma
metrópole foi muito boa, apesar de eu não me imaginar morando em uma cidade
dessas. Quem sabe um dia volte pra conhecer os outros 80% que deixei pra trás, (claro) sempre bem acompanhada. Afinal, o melhor em uma viagem com amigos são as
pérolas. E essas... É melhor não contar. rsrs
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Curtindo a Starbucks enquanto ela não vai pra Cuiabá |
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Apaixonada pelo Frapuccino de Doce de Leite com café |
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