Estereótipos Carnavalescos

Às vésperas do feriadão, conversava com um colega de sala sobre a programação para o Carnaval, afinal não é sempre que há quatro dias de folga numa semana. Após a troca de ideias entre alguém que sempre passou o carnaval em retiros da Igreja e outro que não é adepto à essa rotina cristã, recebi a informação que Carnaval não é só farras e sexo à vontade.

O Carnaval é se reunir com os amigos em uma casa em Chapada, comprar bebidas, tomar banho de piscina, de vez em quando sair para outras festas e em outras vezes fazer a festa por lá mesmo. O importante é todos os amigos juntos. E que as pessoas “rotulam” o carnaval pelo comportamento daqueles que “ficam” com 15 meninas (os) em uma noite e fazem no feriado tudo aquilo que não tem coragem de fazer o ano todo.

Defesa digna de um profissional graduado, senão fosse o estereótipo que colocam ao me referir a um “Retiro” da Igreja. Não ficamos de joelhos 24 horas por dia, nem olhando um para a cara do outro, sendo homens à direita e mulheres à esquerda. Não fazemos gincanas de corrida do saco, do ovo, guerra de balão, etc.

Poderia dizer que nos divertimos da mesma forma que alguém que aluga uma casa em Chapada, mas não posso comparar a isso. Afinal, independente do que ingerirmos lá, estaremos sempre lúcidos. Os Retiros são oportunidades pra fazer novas amizades e aproximar aqueles separadas pelas rotinas de estudo e trabalho, claro tudo com decência e ordem.

E além disso tudo, de se aproximar daquele que é o nosso único companheiro em todos os momentos da vida. Porque por mais próximos que sejam os amigos e mais unida que seja a família, no deitar a cabeça no travesseiro, só resta Ele, que está sempre pronto pra nos acolher e mostrar o quão bom e agradável é a sua presença. Explicar o nosso envolvimento com Ele durante esses quatro dias é impossível. Apenas quem já passou essa experiência é capaz de entender.

Acredito que existem pessoas que não “pulam o carnaval”, nem se envolvem com os estereótipos provocados pela maioria que vai atrás de um trio elétrico e pelos que pagam rios de dinheiro para desfilar no sambódromo (pra mim R$800 numa fantasia é muito). 

Acredito que pessoas se divertem em casa com os amigos em Chapada, Barão, Tangará, tanto faz. Assim como acredito que quando se conhece a Cristo, o conceito de diversão muda e tudo o que se fazia antes, perde o gosto e a graça. Por isso, deixemos estereótipos de lado e que cada um vá pra sua praia, pelo menos até estarem sedentos por algo bem melhor.


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