Leitura ao som de Moonlight Sonata e Competine D'un Autre Été

Consegui ouvir o piano e o violão, mais que suas notas, ouvi suas palavras,
Elas estavam em meu livro.
Aquela canção, aquele som, aquele tom.
As notas particulares e dramáticas de Bethoven,
Agressivas e ao mesmo tempo... tranquilas.
Uma melodia melancólica de uma noite fria misturada a um algum tipo de bucolismo.
Já em partes, um certo exagero.
Em meio a leitura cheia de contradições me ajuda a formar um cenário barroco,
Alfinetando lentamente uma imaginação fértil.                          
A singela viagem com Yann Tiersen.
Tão sutil, tão ingênua...
De olhos fechados e um disfarçante sorriso,
Competine D'un Autre Été lembra simples situações como os detalhes das mãos ou dos olhos,
Ou pequenas recordações de coisas boas que aconteceram,
Talvez porque lembrasse trechos de Le fabuleux destin d'Amélie Poulain.
Tão envolvente, logo me preocupei em tocá-la.
No agudo vejo o que estava longe, há séculos
E no grave tudo desaba.
Enquanto estou aqui estudando Literatura,
Ricas de interpretações,
Elas cantam a minha noite, ritmando minhas análises com arranjos que trazem a estranha lembrança daquilo nem sequer vivido.


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