Não sei se o que me emocionou foi
saber que muita daquela ficção é realidade ou por saber que por mais que o
filme acabe com uma sensação de paz, hoje após quatro anos, muitas pessoas
continuam morrendo em confrontos de policiais e bandidos no Rio de Janeiro e no
Brasil.
O filme Alemão, em cartaz nos
cinemas neste mês de março, é tão real quanto o elogiado Tropa de Elite, porém,
o sentimentalismo demonstrado entre a relação pais e filhos torna o longa muito
mais emotivo. Chorei pelas reportagens que aparecem ao decorrer do filme e por
tantas mães que perdem seus filhos, seja pela má escolha deles entrarem para o mundo
do crime, ou simplesmente por não voltarem para casa após um dia de trabalho.
Porém, quem pretende assistir
deve se preparar para encontrar as características típicas de 98% dos filmes
brasileiros: violência e palavrões a todo instante. Também irão se deparar com
o maravilhoso Antonio Fagundes, um dos melhores atores brasileiros, e uma
atuação muito boa do Cauã Reymond.
Apesar de tudo, considero que os
filmes brasileiros têm melhorado muito. Quando compartilhei dessa opinião com um
amigo, ele retrucou dizendo uma frase que ainda está em mente: “Eles melhoraram
ou nós que nos acostumamos aos palavrões e a violência?”.
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