Uma pequena e atenta platéia anseia pelo que está prestes a acontecer.
A cidade parece tão pequena agora.
O frescor da brisa me arrastou para o mais perto do nada.
Onde estou? Algo suspira. "Abra os olhos da alma, veja! Volte!".
Nada a segurar. Uma voz já desconhecida e estremecedora aciona, "Cinco!"
O silêncio clama para que tirem a corda e me coloquem no chão, mas algo me faz querer subir mais alto.
Na veia, a adrenalina fervilha fluindo pelo corpo como um elo perdido. "Quatro!"
Pálida coragem que depende do vacilo do medo para o bater das próprias azas. "Três..."
Um silêncio, um vazio, um frio na barriga."Dois..."
Talvez eu ainda não esteja pronta ou talvez...
Lentamente tudo se deitava, virava.
Uma paz.
Enfim, o salto...
Tudo girava, girava. No fechar e abrir de olhos, gritava. O que estava em volta, o que estava dentro, tudo tinha voz, gritava e só se ouvia a trava petrificada que embatia no peito, dilacerando-o.
O corpo balançava, rodava sem nenhum comando, enquanto eu contemplava o que acabara de acontecer. Notei que na verdade eu fiz o que todos os dias sempre quis fazer...
Simplesmente, viver o agora.
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Fran |
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Ná |
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