De repente, ABUense.

Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia - FAET

Naquela noite estava frio e chuviscando. Tudo o que eu tinha era o tédio e uma enorme vontade de não assistir aula. Na biblioteca, perguntei para minha amiga o porquê de estar com tanta pressa, eu queria ir ao shopping, subway, sei lá, queria preencher meu tempo, mas como resposta ela disse que antes iria à uma reunião. Qualquer coisa era melhor do que aquela sensação espalhafatosa de me sentir presa a tudo o que eu tinha de fazer naquela semana. Perguntei se eu poderia ir e ela disse que tudo bem. 

Não. Eu não os conhecia, não sabia seus nomes, o que cursavam e nem se lá estudavam. A princípio, parecia que estávamos atrasadas para aquele aglomerado, mas chegamos a tempo. Achei estranho à primeira vista, pois eles também mal se conheciam e mesmo assim, de alguma forma, eram amigos. Afinal, o que significava aquilo? Seria mais uma questão de debate político? 

O assunto? Missão integrada. Me senti feliz ao ver, me senti feliz ao ouvir, eu não sabia que acontecia esse tipo de movimento estudantil na universidade. Não era um torneio de eloquência, eles não falavam de denominações, não pregavam ideais, não, todos ouviam a todos com um tratamento recíproco. Eles falavam pela Bíblia sobre seu dia a dia como uma pessoa qualquer, falavam sobre sua rotina como universitários, como trabalhadores, como filhos, etc, e como lidavam com as adversidades diárias.

Esses sorrisos estampados não são de pessoas que costumam andar juntas, mas daquelas que andam no mesmo caminho. Levam o evangelho para dentro de um dos lugares que mais o condena com ceticismos ou cientificidades. 

Ler versículos e interpretá-los pela própria palavra trazendo-a para nossa realidade é o que vi naquele núcleo. Missão, é o que fazem compartilhando a Verdade que nos liberta. Ao fim, perguntei o nome daquela reunião de estudos, foi então que ouvi A.B.U. - Aliança Bíblica Universitária, a qual participo até hoje.

Instituto de Linguagens - IL